Sons e silêncios

No último post referi um texto de Paulo Varela Gomes na sua habitual coluna do Público “Cartas do Interior”. PVG é um autor com o qual me identifico (suponho que seja uma mistura de sintonia ideológica e geracional), com o qual partilho muitas ideias e é leitura imprescindível aos sábados. 
Não me surpreende a qualidade da sua escrita e a renovada originalidade dos temas que aborda, mas quando pensava que neste domínio nada me conseguiria afastar desta expectativa cómoda a que me habituou, eis que uma série de artigos em que aborda, mesmo que de forma por vezes indirecta, um tema que me é particularmente caro —o som e o silêncio— me vem desassossegar . 
Recomendo a todos os que se interessam por esta matéria a leitura da crónica de 19/11, justamente intitulada “Silêncio”, a de 26/11 (já referida no post anterior) intitulada “Angelus” e, finalmente, a de 10/12 intitulada “Tempos Mortos”. 
Raramente os autores da minha área da comunicação acústica têm uma visão tão límpida sobre as questões do som e do silêncio e raramente conseguem equilibrar a revelação do universo dos seus sentimentos com o rigor de uma análise bem estruturada e fundamentada. PVG não hesita em, sobre esta matéria, lhes (nos) dar uma lição. 
Um contributo precioso e inesperado para os estudos de ecologia acústica no nosso país.

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