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A Cantata de Évora

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  U m telefone que toca. Passaram vinte anos. A surpresa do contacto. Do outro lado vem uma aliciante proposta: criar o envolvimento sonoro de um novo centro interpretativo, em Évora, instalado num espaço de características únicas, com muito material informativo para lá colocar. O “caderno de encargos” que me é transmitido, encerra um enorme e complexo desafio. O centro interpretativo precisa de som que lhe "acrescente" espaço e lhe alivie a pressão informativa, tornando-o mais ligeiro sem lhe comprometer. função. Som que substitua, na medida possível, parte dos habituais dispositivos usados para exibir este género de conteúdos, painéis, ecrãs. Mas som que funcione também como uma espécie "sala de espelhos" e, ao mesmo tempo, conferindo virtualmente mais dimensão ao espaço expositivo, ajudar a transmitir informação que, de outra forma, iria sobrecarregar   e saturar esse espaço. O telefonema foi de Cármen Almeida, coordenadora geral do projecto, que me transmite o c

A história de uma canção

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  No magnífico documentário passado há dias na RTP2 (de 2018), a propósito do 75º aniversário de Joni Mitchell, há um curtíssimo momento, que conta uma história complexa. Graham Nash (por quem eu vim a ter muito menos admiraração do que durante a minha juventude, ao contrário de Joni...) canta Our House , uma canção que escreveu para ela em 1970. Ele tinha 27 anos, ela tinha 26. No final, visivelmente nervoso, levanta-se do piano, lança um olhar furtivo em direcção a Joni e sopra, aliviado. Joni olha-o, ao longe e diz tudo.