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A mostrar mensagens de 2025

Carta aberta, agora a mais uma data de queridos amigos e família

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Queridos cunhados e amigos, A última entrada neste blog foi dedicada aos que comigo embarcaram neste A Parábola. Juntos iremos continuar, seguramente, esta nossa (como um dia o definiu um outro amigo, infelizmente ausente deste concerto) “maravilhosa aventura da amizade”. Esse artigo foi escrito na continuidade do concerto de Évora de dia 9 de Setembro. Hoje, é meu propósito falar do outro concerto que teve lugar no CCC das Caldas da Rainha, ontem dia 20. Não do concerto em si (o programa foi o mesmo, os que executaram foram os mesmos, os encómios repetem-se, igualzinhos), mas dos queridos amigos e família que se deslocaram para assistir a esta apresentação de A Parábola, alguns vindos de longe.  Não é possível descrever o tumulto de sentimentos que a vossa presença suscitou em mim. Nestas ocasiões, no final, poderemos parecer aos olhos dos outros mais ou menos “normais”, mais ou menos fatigados, mais ou menos satisfeitos com a forma como o concerto decorreu. Nessa altura, a adrena...

Carta aberta a quatro queridos amigos

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  Queridos José Cruz, Jorge Alves, Andrés Pérez e Pedro Rodrigues (*) Escrevo ainda a quente, depois do concerto de ontem no Teatro Garcia de Rezende. Um concerto que integrou, pela primeira vez na minha vida, apenas obras de minha autoria.  Ainda a tremer de comoção depois de ouvir as vossas interpretações das peças que integram este ciclo de A Parábola.  De uma comoção medida, que tem tanto de emotivo quanto racional, que resulta de duas ordens de razões.  Em primeiro lugar, porque o resultado artístico do que foi dado a ouvir ao público foi excepcional. Não uso uma bitola subjectiva para fazer esta afirmação. Digo-o de uma forma muito objectiva: se fosse possível (talvez o venha a ser um dia, quem sabe…) ligar um qualquer interface directamente ao meu cérebro, e depois daí a uma qualquer fonte sonora, sem quaisquer outros intermediários, era certamente isto que surgiria. Sou, portanto, a melhor testemunha de que estamos perante a versão mais fidedigna do que só mo...

Homenagem a Barry Truax

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O meu professor e amigo Barry Truax foi agraciado com o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Simon Fraser (SFU.) A universidade onde o conheci há perto de quatro décadas. Não tenho palavras para descrever a minha admiração por este professor de excelência, criador inovador e ser humano de excepção, de quem tive o prazer de ser assistente, durante a minha passagem por aquela universidade e sob a supervisão de quem completei o meu mestrado. Fica aqui um pequeno resumo, em vídeo, da cerimónia de atribuição do título, ocorrido há dias em Vancouver.  Para dizer a verdade, nós é que fomos agraciados com o privilégio de ter sido seus alunos. Obrigado, Barry. Esta montagem foi feita com base no video da Convocation 2025, da SFU. 

Marthiya de Abdel Hamid, notas de programa

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Primeiro, a escrita  Marthiya de Abdel Hamid, segundo Alberto Pimenta, ressoa no meu espírito desde que adquiri o livro, numa edição de 2005. Ao lê-lo, provocou, como alguns outros, muito poucos, textos, uma leitura “sonora” e um desejo imenso de trazer essa minha leitura interna, para fora de mim. Algo ressoou, pois, durante a leitura. O figurino que imaginei, desde o princípio, foi sempre este, que agora é exposto, pela primeira vez, publicamente. São três os seus vectores principais: o texto, a voz, o enquadramento sonoro. Por esta ordem. O projecto   O que justifica esta espera de vinte anos? Umas vezes, dificuldades técnicas e equívocos financeiros, que não permitiriam, num determinado momento, que a ideia que tinha na cabeça se pudesse concretizar. Outras vezes, encruzilhadas artísticas, alguns desencontros. Depois de uma exasperante, por vezes irritante, espera, seguramente, desencorajante para muitos, surgiu a possibilidade de meter este projecto em marcha, integrado n...