A música como ruído

Cheguei há pouco tempo de Koli (Finlândia) onde fui assisitr à conferência anual do World Forum of Acoustic Ecology. Escrevi algo sobre isso aqui
O tema da conferência foi “Ideologies and Ethics in the Uses and Abuses of Sound”. 
Nem de propósito, Miguel Esteves Cardoso escreve hoje no Público sobre a instalação de sistemas sonoros nas praias, difundindo música (se calhar, sem sequer pagar os respectivos direitos) em altos berros, em locais cuja paisagem sonora costumava ser feita do “som das ondas ou o alarido das crianças”. 
Insurge-se com razão. É um tiro na música e o direito ao sossego ao fundo.
Miguel Esteves Cardoso sugere ainda algo que deveria, de facto, ser norma: a atribuição da Bandeira Azul passaria  também a contemplar a poluição sonora. Usar sistemas deste tipo em praias que são usofruto de todos é uma atitude abusiva, sem ética, à qual está subjacente uma ideologia totalitária que entende que tudo se pode manipular, atropelar ou controlar, até o nosso direito ao silêncio.

Comissão da Bandeira Azul: não deixem que a Música se transforme em coliforme fecal!

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