Com o coração

Ouço na rádio, enquanto conduzo o meu automóvel de volta a casa, o novo Bispo de Bragança-Miranda, José Manuel Garcia Cordeiro. Diz que vem,  sobretudo, escutar. A frase suscita-me maior atenção. “Não com o ouvido,” acrescenta e esclarece, “mas com o coração.”
Chego a casa e assisto logo de seguida a um magnífico documentário sobre Alberto Korda, o fotógrafo cubano, o fotógrafo do Che e da Revolução. 
A propósito de fotografia e do ensino desta arte, no derradeiro plano deste documentário, enquanto se vê Korda a sair de casa com a sua Canon, ouve-se a sua voz, citando uma frase de Antoine de Sainte-Exupéry do “Principezinho” dizer: “para ver, verdadeiramente, temos de o fazer com o coração.” 

Um coração (esse orgão que parece fazer tão bem a síntese audio-visual), duas maneiras de sentir o mundo à nossa volta. Duas maneiras de tocar o divino.

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